O queijo Limiano comemorou este mês 50 anos e o aniversário foi celebrado com a produção de um queijo com 50 quilos. Este queijo, que já “chegou” à Assembleia da República quando esteve na origem da greve de fome do deputado Daniel Campelo e até deu nome a um Orçamento de Estado, continua a ter " orgulho em ser feio”.
O aspecto particular do queijo Limiano é tosco porque, de acordo com a directora de marketing da marca, “a bola é embalada à mão, uma a uma, respeitando uma tradição com meio século. É feio por fora mas muito bonito por dentro”.
A marca decidiu assinalar a data com a produção de um queijo Limiano com 50 quilos. Para levar a cabo a tarefa de produzir “o maior queijo flamengo jamais feito em Portugal”, de acordo com a responsável, foram necessários 500 litros de leite, um molde especial e ainda um rótulo gigante feito a uma escala 50 vezes maior do que o normal.
O queijo Limiano saltou para as manchetes dos meios de comunicação social há cerca de dez anos quando Daniel Campelo, presidente da Câmara de Ponte de Lima e deputado do CDS-PP, começou uma greve de fome na Assembleia da República.
A mudança de local da fábrica do queijo Limiano, de Ponte de Lima onde se encontrava desde 1959 para Vale de Cambra, levou a que o autarca e deputado ficasse 15 dias a pão e àgua.
Mais tarde, o mesmo deputado permitiu a viabilização de um Orçamento de Estado do Governo Socialista de António Guterres. Neste Orçamento, que ficou conhecido como “Orçamento do Queijo”, o executivo garantia vários investimentos no distrito de Viana do Castelo, entre eles uma fábrica de queijo em Ponte de Lima que acabou por não ser construída.
A marca do queijo pertence à Bel Portugal, a empresa líder do mercado do queijo no nosso país, que detém três fábricas (uma em Vale de Cambra e duas no arquipélago dos Açores) e emprega cerca de 650 colaboradores.
Por ano são consumidos cerca de três milhões de bolas de queijo Limiano, num peso médio de 5000 toneladas.
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