sábado, 12 de julho de 2008

Ontem, hoje e amanha....Vinho


Da antiguidade aos dias de hoje

Na antiguidade

O cultivo da vinha é uma das mais antigas culturas do mundo. Os registos apontam para que tenha nascido há cerca de 4000 anos na parte oriental do Mar Negro no Transcaucaso, actual Arménia e Arzebeijão. No Egipto, na IV dinastia dos faraós (2500 a. c.) já se produzia vinho. Mais tarde, na Idade do Bronze a "Vitis Vinifera" era cultivada no Egipto e na Grécia e, posteriormente, na Idade do Ferro, o seu cultivo estendeu-se até Itália e a outras regiões da Europa. Nesta altura já os Fenícios percorriam o mediterrâneo transportando nas suas naves o vinho produzido na Grécia, Itália e em Espanha. Mais tarde os Gregos, que descobriram a Península Itálica por volta do séc. VII a. c. e nela criaram as suas próprias colónias, prosperaram nos impérios comerciais onde o principal protagonista era o comércio do vinho.

Da Idade Média ao Século XIX

Posteriormente à grande expansão dos vinhedos assiste-se, no decorrer da Idade Média, a um declínio da viticultura. Se por um lado nos países cristãos a cultura da vinha sobrevive às invasões - graças aos monges e aos abades, por outro, nos países mediterrâneos, a produção de vinho é abandonada fruto da tutela árabe. A viticultura mediterrânea torna-se pouco próspera e só voltará a assumir um papel preponderante entre o séc. XVII e o séc. XIX. O aparecimento de vinhos de qualidade remonta ao início do séc. XVII, com a produção de vinhos regionais. O séc. XIX trouxe, no entanto, um revés na viticultura com a proliferação de parasitas como o míldio, o oídio, o pirale e, principalmente, a filoxera, trazida da América, que atacava a raíz das videiras.

A partir do Século XIX

Ultrapassada a praga da filoxera regista-se o retomar da actividade vinícola, com um forte desenvolvimento nos anos 40. Nos anos 50, a área vitícola mundial ascende aos 8 milhões de hectares com uma produção de 200 milhões de hectolitros. Nos anos 60 atinge-se os 10 milhões de hectares com uma produção de 250 milhões de hectolitros. Na década de 70, apesar da área vitícola mundial ter estabilizado, o aperfeiçoamento das técnicas de cultura da vinha conduziu a um aumento da produção. Embora nesta altura a área de vinha não tenha aumentado nos países tradicionalmente vitícolas como França, Itália e Espanha, em locais como a América do Sul e os países anglo-saxónicos, o seu crescimento foi significativo. Nos anos 90, a produção mundial atingiu os 260 milhões de hectolitros.





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