quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Fim de ano não salva Algarve: Ocupação hoteleira desceu 15 por cento em Dezembro
A taxa de ocupação hoteleira no Algarve desceu em Dezembro 15 por cento em comparação com 2007 e nem o fim de ano "salvou" a região da crise, indicam dados provisórios de uma associação do sector.
Este final de ano ficou marcado por acentuadas quebras na hotelaria, sobretudo devido à diminuição da procura por parte dos britânicos e alemães, mas também dos portugueses, que costumam alimentar o mercado, segundo os cálculos da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).
"Nem a passagem de ano foi suficiente para esbater a diminuição da procura externa", disse à agência Lusa o presidente da AHETA, Elidérico Viegas.
De acordo com o responsável, apesar de "não ter corrido mal", o volume de estadias no Algarve para o "reveillon" foi abaixo do que se esperava, com quebras registadas nos principais mercados emissores de turistas.
Apesar da diminuição da procura por parte dos britânicos - um dos principais mercados emissores de turistas para o Algarve -, estes ainda representaram 40 por cento das dormidas totais no Algarve, seguidos dos portugueses com 26,7.
A desvalorização da libra face e a consequente diminuição do poder de compra são apontadas como algumas das causas prováveis da "desmotivação" dos turistas britânicos em viajar para o Algarve.
A procura da região tem também sido travada pelo aumento de competitividade de destinos como a Tunísia, Turquia, Egipto ou Caraíbas, com preços mais baixos e pacotes de férias atractivos.
No Algarve, por zonas geográficas, as maiores descidas em Dezembro verificaram-se nas zonas de Vilamoura, Quarteira e Quinta do Lago, com quebras de 30 por cento, indicam dados provisórios da AHETA.
As principais subidas verificaram-se em Tavira, com mais 22 por cento, tendo a zona de Monte Gordo e Vila Real de Santo António sido a que apresentou a taxa de ocupação mais elevada, com 52,8 por cento.
A zona de Portimão e Praia da Rocha, habitualmente muito procurada por turistas durante as mini-férias de Natal e Ano Novo, foi a que registou a taxa de ocupação mais baixa, com 19 por cento.
Por categorias, as principais descidas registaram-se nos hotéis e aparthotéis de 4 estrelas - menos 29 por cento que em 2007 -, e nos de 5 estrelas, menos 18 por cento, acrescenta a AHETA.
Os hotéis e aparthotéis de 2 estrelas e os aldeamentos e apartamentos de 3 e 2 estrelas foram os únicos a registarem subidas nas taxas de ocupação.
MAD (Lusa)
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